A banda:
Robert Plant - vocais/gaita
Jimmy Page - guitarras
John Paul Jones - baixo/órgão
John Bonhan - bateria
Robert Plant - vocais/gaita
Jimmy Page - guitarras
John Paul Jones - baixo/órgão
John Bonhan - bateria
Lançamento: 12/01/1969
Playlist:
01. Good Times Bad Times
02. Babe I'm Gonna Leave You
03. You Shook Me
04. Dazed and Confused
05. Your Time Is Gonna Come
06. Black Mountain Side
07. Communication Breakdown
08. I Can't Quit You Baby
09. How Many More Times
Uma curiosidadezinha pra quem é fã ou não: clique aqui
01. Good Times Bad Times
02. Babe I'm Gonna Leave You
03. You Shook Me
04. Dazed and Confused
05. Your Time Is Gonna Come
06. Black Mountain Side
07. Communication Breakdown
08. I Can't Quit You Baby
09. How Many More Times
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Esse é o primeiro disco de uma das maiores bandas da história. O Led Zeppelin foi reunido com o término dos Yardbirds, que teve na formação figuras como Eric Clapton e Jeff Beck, além do franzino Jimmy Page. Para manter o compromisso dos shows marcados após a debandada dos outros membros da banda, Page teve que montar outro grupo que estivesse à altura de, pelo menos, realizar os shows. The New Yardbirds foi formada pelo mesmo quarteto que se transformaria no Led Zeppelin, nome que veio da expressão que Kieth Moon - o surtado baterista do The Who - dava aos shows ruins, que caíam como um zepelim de chumbo ("lead zeppelin"); Page queria à muito tempo ter uma banda com esse nome e aproveitou a oportunidade, mas alterou a grafia - lead para led - para não haver confusão com "zepelim líder".
A estréia da banda foi muito boa, atingindo a 10ª posição nas paradas dos EUA e 4ª na sua terra-mãe, a Inglaterra. Apesar de não ser o melhor disco deles ele é excelente, com um rock um pouco mais pesado que é o embrião do que futuramente seria o metal, mas também muito influenciado pelo blues. Ou seja, o disco tem riffs o tempo todo, músicas mais pesadas do que o que acontecia na época e outras com o andamento preguiçoso do blues. O vocal de Robert Plant é impressionante, ainda que a música que mostra todo o seu potencial ainda estaria por vir no terceiro disco, e os riffs de Page chamam a atenção, como já faziam antes da formação do grupo e o fazem até hoje. John Paul Jones está sempre presente não apenas como o baixista, mas como músico sensacional que é, tocando o órgão em solos inclusive e como arranjador, criando músicas - nesse álbum são quatro das nove, dessas nove outras três são versões. John Bonhan, que já era um baterista famoso antes de entrar para a banda também oferece contribuição valiosa, é máquina atrás de todos impulsionando as músicas com seu ritmo e viradas impressionantes.
A abertura do disco é impositória. Page mostra a que veio, com um riff forte, assim como o acorde que introduz a música. A parada com o baixo deixa clara a criatividade, independência e entrosamento dos quatro músicos e o devastador solo de guitarra não deixa dúvidas do sucesso que a banda irá experimentar. A bateria é interessante, meio quebrada, mas os vocais são mais simples. Começa então "Baby I'm Gonna Leave You", creditada no encarte como "tradicional", com seu lindo dedilhado no violão e a voz envolvente de Plant. É uma música que se transforma no seu decorrer, com o baixo e a bateria entrando somente no refrão e o dueto violão/voz com uns toques de guitarra mantém os versos, que mostram como a banda incorpora elementos da tradição céltica em seu estilo. Os vocais aqui são mais ousados, com agudos bem pontuados. Após o segundo refrão a música se torna bem mais pesada numa transição muito bem feita para voltar para um solo de violão mais ambiente novamente e um "solo" dos absurdos -no ótimo sentido - vocais de Plant para cair novamente no clima mais roqueiro, quase metaleiro e terminar com o fim das energias.
"You Shook Me" é um blues de Willie Dixon com a típica levada do estilo, e aqui Page e Plant começam uma forma de tocar que continuará para o resto da história da banda: a guitarra acompanhando exatamente a melodia dos vocais, ou vice-versa, não se sabe. Outro ponto forte desse música são os solos, incluindo um de órgão, por John Paul Jones, um de gaita mesclado com vocais por Robert Plant e o último sai das mãos de Jimmy Page e sua guitarra. A bateria não fica atrás e, mesmo não tendo um momento de solo, acompanha os seis minutos e meio da música à altura, com várias viradas. Ao final temos uma "disputa" entre Plant e Page pelo agudo mais potente e que assusta. Com uma passagem bem sutil, a quarta faixa entra cheia de efeitos na guitarra e um blues mais pesado que o anterior novamente mostrando a potência da banda como um todo. Mais um ponto tem que ser atentado nessa música, que é a sua psicodelia, outra marca registrada do estilo que a banda desenvolve, misturando-a com a tradição estadunidense do blues e céltica e ainda o hard rock.
O segundo lado do LP começa com "Your Time Is Gonna Come", uma música mais bonitinha, mais fácil de digerir, que começa com o órgão de Jones e tem seu riff em cima dele. Balada muito boa, que cria um ambiente mais acolhedor dentro do disco. Ainda assim ela não deixa de ter o seu momento rock mais pro final, nas diversões de Page e sua guitarra em solos com slide - quando o guitarrista usa aquele cilindro de acrílico no dedo. Uma das minhas baladas favoritas. Ainda nesse clima bucólico - essa palavra devia ser proibida em uma análise de um disco de rock, mas fazer o quê - "Black Mountain Side" é uma faixa instrumental de Page brincando com violões de 12 e seis cordas acompanhado por uma tabla - instrumento de percurssão indiano - e terminando de repente, parece até que acabou a energia no estúdio.
A etapa final do álbum começa com uma música que é quase um soco na cara. "Communication Breakdown" é uma música típica do hard rock e tem um riff que torna clara a influência dessa banda no heavy metal. O solo, com notas mais rápidas e agudas age da mesma forma, assim como a forma como Plant leva os vocais. De volta ao blues, mas dessa vez um pouco mais pesado, "I Can't Quit You Baby" é outra versão de Dixon, com um riff muito bom no refrão e mais diversão para Page e sua guitarra. A cozinha aqui está mais recatada, se preocupando mais em manter a música para que Page possa tocar sua guitarra. Plant afinado como sempre.
A épica última faixa do álbum, com seus 8' e 28'' de duração, tem um dos riff mais poderosos que já apareceram no Led Zeppelin. Tocado inicialmente pelo baixo e com estripulias da guitarra por cima e ataques dos pratos da bateria e do vocal esse riff entra na faixa mais pesada do disco. Ela também é bastante fechada, bem amarrada, parece ter sido composta como um todo e não ter quase nenhum improviso, coisa rara para essa banda. Aqui Bonhan tem seu grande momento no disco, compartilhando um solo com Page, que leva à uma excelente ponte onde Plant dá seu show, gradualmente entrando o acompanhamento de Jones, até que a música original se transforma totalmente. Cinco minutos depois o riff inicial é tocado novamente para o sensacional fechamento desse excelente debut. Recomendado para qualquer admirador do bom e velho roquenrol.
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